Um dia o crocodilo, o rei dos rios africanos, resolveu ir visitar o seu amigo galo. Chamou os súbditos e pôs-se a caminho. Entusiasmado, o galo mandou preparar um grande banquete. O crocodilo era o rei do rio! Tinha de o tratar bem. O crocodilo apreciou muito o banquete e, no final, disse-lhe: - Amigo galo, rei dos cantores, trataste-me com todo o requinte. Estou-te muito agradecido. Agora vou regressar a casa e gostaria de levar uma recordação deste dia. - A tua visita foi uma honra para mim. - respondeu o galo.- Pede o que quiseres. - Quero as penas da tua cauda para poder fazer um lindo chapéu. Todos hão-de perguntar-me onde o arranjei. E eu responderei que foi oferta do meu amigo galo. O pedido do crocodilo entristeceu o galo, que em vão tentou convencer o amigo a aceitar em troca penas de papagaio ou de outras aves.Mas o crocodilo recusou e exclamou: - Ó meu amigo, não queiras comparar as tuas penas com as desses animais! E, sem mais cerimónias, o crocodilo atirou-se à cauda do galo, arrancou-lhe as penas e partiu com o seu troféu nos dentes.
O galo ficou furioso e envergonhado e não teve outro remédio senão esconder-se até que as penas lhe crescessem de novo. Recuperado o seu antigo orgulho, decidiu retribuir a visita ao amigo. Escolheu as galinhas e os frangos mais fortes e corajosos para o acompanhar e partiu.O crocodilo, ainda lembrado da excelente recepção tida no reino do seu amigo galo, não se poupou a esforços para preparar uma extraordinária festa aos visitantes. Vestiu-se com os mais belos fatos e serviu-se um banquete requintado. No final o galo agradeceu ao crocodilo aquele acontecimento inesquecível:
- Amigo crocodilo, desejo-te glória e saúde. Porém, antes de partir, gostava de pedir-te uma recordação. - Muito bem, muito bem! - exclamou o crocodilo. - Poderei negar alguma coisa a um amigo como tu? - Sabes! - prosseguiu o galo - quero a tua pele para me proteger dos meus inimigos.Meio confundido e atrapalhado, o crocodilo quis oferecer ao galo uma pele de antílope ou de macaco, ou até mesmo de leopardo. - Como é que podes comparar essas insignificâncias com a tua pele linda e temível? Ela zomba das lanças e das flechas, que apenas lhe fazem cócegas nas escamas. E, sem esperar resposta, o galo e a sua galinácea comitiva atiraram-se ao crocodilo com os seus bicos afiados. Despiram-lhe a pele e puseram-se em fuga, direitos a casa.
Querem saber o que se tem passado desde então? O galo e o crocodilo nunca mais foram amigos.
Moral: Nao facas aos outros, aquilo que nao gostas que te facam a ti!
'E incrivel como se aprende rapido com fabulas contadas.'E melhor do que desenhar.
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